Fórum de ideias

Se você tem ideias, dicas ou opiniões que possam melhorar o ciclismo no Brasil, participe e contribua para o movimento "Eu vou de Bike".

Postado em 11 de August

Bicicletas eletro-assistidas são viáveis?


Exemplo de bicicleta elétrica. Existem vários modelos diferentes de biciclea eletro-assistida

Uma das novidades no mundo do ciclismo dos últimos anos é a bicicleta eletro-assistida, popularmente conhecida como bicicleta elétrica. Ganhando cada vez mais adeptos pelas ruas da cidade, a bicicleta motorizada agrada muita gente, mas também atrai críticas.

Abrimos o espaço abaixo para incentivar a discussão sobre o assunto, que gerou certa polêmica no Twitter e no Facebook. O que você acha das bicicletas eletro-assistidas? Compartilhe suas experiências no Fórum de Ideias!

IDEIAS

Elétrica para quem precisa

Por Ardz em 11/08/2010

Há dois anos tive chance de testar uma elétrica. Tratava-se de um kit com bateria e polias instaladas pelo Isaías, mecânico do Bom Retiro, em SP. Os modelos atuais minimizam os pontos que achei mais desconfortáveis no teste, mas de forma geral minha opinião continua a mesma. 1 - PESO - A instalação de sistema elétrico acrescenta peso nas magrelas. Um atendente da Porto Seguro me informou que a bike elétrica que ele usa, eventualmente, pesa 15 quilos a mais. Culpa, sobretudo, das baterias. O peso muda substancialmente o centro de gravidade da bicicleta. É fácil nos acostumarmos, mas em determinadas situações não dá para contar com a mesma agilidade que temos em uma bike tradicional. Aquela bateria na traseira, no meu caso, impedia até mesmo de pedalar em pé. Mas, creio que isso tenha sido minimizado nos modelos atuais. 2 - CUSTO - Mais caras, as tais Felisas, por exemplo, custam uns R$ 1,5 mil a mais que um mesmo modelo normal. Os kits podem ser comprados na web por cerca de 1 mil. A manutenção não é tão cara e o gasto com energia pouco significativo. 3 - AUTONOMIA - Uma carga dura quanto? As propagandas atuais falam em 3 horas de uso, 40 km. Confere com o teste do EUVOU? É pouco, porque depois que acaba a bateria vc precisa empurrar 25 kg com suas próprias pernas. É de chorar, minha bike pesa 7,5 kg, acho que esse detalhe é essencial. 4 - MOVIMENTO - O peso atrapalha subir uma escada, estacionar a bike... É um fator grave a ser considerado na hora da aquisição. 5 - FACILIDADES/TRANSPORTE - Acho que é extremamente útil para trabalhadores, gente que pedala esportivamente e depois quer dar uma relaxada na hora de ir para o trampo... São muitas as utilizações no TRANSPORTE. Complicado é começar a ver nelas alternativa para lazer. 6 - NOMENCLATURA - Alguns se estressam com a questão de chamar de bike algo que na verdade é ciclomotor. Isso é, até certo ponto, secundário. Quanto mais os carros se popularizaram, mais variações vimos, não é mesmo? Com a bike será o mesmo. Vamos ter muitas variações no uso, na concepção e desenho de nossas magrelas. No fim, acho que as elétricas tendem a ser opção para quem não pedalaria nunca uma magrela convencional. Bem produzidas, com custo baixo e seguras, podem ajudar a tirar sim carros das ruas. Talvez ocupem mais espaço no mercado das motos... De forma geral, não vejo tantos riscos na segurança por causa da aceleração, mas creio que com a evolução dessa motorização e com uma futura rede cicloviária precisaremos de educação específica para o uso desses ciclomotores. Mas, no meu ponto de vista, a convivência é plenamente possível. Há preguiça? Há. Mas insistir na mobilidade apenas por propulsão humana é jogar fora anos de desenvolvimento tecnológico. Eu quero mais é uma rede ciclável e uma elétrica confortável para poupar minhas pernas para os treinos e competições de ciclismo!



Comentário

Comente Você Também

Para publicar seus comentários aqui com seu Avatar, cadastre-se no: