Blog Vou de Bike

Postado em 4 de May por gugamachado

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Porquê pedalar te faz feliz?

É o sentimento que te puxa para fora da cama para pedalar antes do qualquer outra pessoa está acordada. É o que te sinaliza para calçar os seus tênis e ir para um “rolê” quando o dia já está ganho. É aquele estado de espírito feliz e relaxado  que procuramos quando nós pedalamos para longe de nossos bairros e e vamos “acumular quilometragem” sem qualquer compromisso,  em qualquer oportunidade possível!

Corredores chamam de “barato do corredor.” Ciclistas sentem isso também. E agora, os pesquisadores estão a um passo de compreender o porquê. Como tantos outros de nossos impulsos biológicos, o desejo de pedalar é como uma função básica de nossos instintos de sobrevivência, ou seja: um sinal primitivo dentro de seu cérebro que visa manter sua existência!

Tudo se resume a duas substâncias químicas importantes do cérebro: a leptina, um hormônio metabólico, e a dopamina, um neurotransmissor. A leptina, a qual é derivada de células de gordura, informa ao seu cérebro quando o corpo tem energia suficiente. Quando os níveis de leptina são baixos –  como os pesquisadores demonstraram ocorrer freqüentemente com pessoas que fazem muitos exercícios de resistência, como ciclismo, você tem o desejo de realizar atividade física em busca de alimentos para repor esta energia.

Daí, quando descemos da bicicleta e fazemos o nosso famoso “lanchinho pós-pedal”, nosso cérebro dispara a substância química dopamina, para nos “recompensar”. E isto se transforma em um ciclo perpétuo de felicidade que nos mantém voltando a pedalar,  para ter sempre mais!

Os pesquisadores da Universidade de Montreal recentemente descobriram este mecanismo de “feedback neural” em um estudo realizado em ratos. De maneira simples, os ratinhos que possuiam a falta da proteína sensível à leptina correram em suas “esteiras” duas vezes mais que os ratos que não tinham. “Pensamos que uma queda nos níveis de leptina aumenta a motivação para a atividade física como um meio para aumentar a exploração do território em busca de comida”, diz o principal autor Dr. Stephanie Fulton.

Seja qual for a motivação, nós amamos o bem estar que pedalar nos traz, especialmente a recompensa de um bom café-da manhã, ou das deliciosas cervejas pós-passeio!


Postado em 15 de May por gugamachado

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As Vantagens Mentais de se Pedalar! Parte 3

 

 

Finalizando nossa matéria sobre as vantagens mentais de se pedalar, vamos agora falar sobre a parte mais voltada aos sentimentos e emoções.

Se você não leu a parte 1, clique aqui. E para ler a 2, clique aqui!

“O exercício funciona tão bem como psicoterapia e antidepressivos no tratamento da depressão, talvez melhor”, diz James Blumenthal , PhD, professor de medicina comportamental no departamento de psiquiatria e ciências comportamentais na Universidade de Duke , em Durham, Carolina do Norte. Um estudo recente da análise de 26 anos de pesquisa constata que até mesmo alguns exercícios de curta intensidade (cerca de 20 a 30 minutos por dia) podem prevenir a depressão a longo prazo.

No presente momento, os cientistas não entendem completamente os mecanismos exatos, mas eles sabem que  atividades físicas como o ciclismo aumentam a produção dos chamados “hormônios do bem estar”, tais como a serotonina e a dopamina. “Assim que nossas cobaias (no caso ratos) começam a correr em suas rodas localizadas em suas gaiolas, de saída já experimentam um aumento de 100 a 200 por cento nos níveis de serotonina”, diz J. David Glass , PhD, pesquisador de neurofisiologia química na Kent State University em Ohio.

Quando você pedala acima de trinta minutos, outros “hormônios do bem estar” começam a agir, tais como as endorfinas e os canabinóides (que, como o nome sugere, são da mesma família dos princípios químicos que dão os fumantes de maconha seu “barato”). Quando os pesquisadores pediram para 24 homens correrem ou pedalarem em uma intensidade moderada por cerca de 50 minutos, eles encontraram níveis elevados de anandamida no sangue destes homens. Este é um canabinóide natural. Nos voluntários sedentários não foi encontrada tal substância.

Ainda melhor:  andar regularmente de bicicleta ajuda a manter hormônios como adrenalina e cortisol em níveis baixos, o que significa que você vai se sentir menos estressado e você vai se recuperar de situações cheias de ansiedade mais facilmente.

Dito isto, os pesquisadores chegaram as seguintes conclusões:

O ponto ideal para melhorar sua acuidade mental logo após o exercício é de cerca de 30 a 60 minutos de um pedal aeróbio, ou seja, utilizando cerca de 75 por cento da sua freqüência cardíaca máxima.

Lembre-se: Apesar de ser saudável, exercitar-se também é um stress, especialmente quando você está começando ou voltando para seus treinos/pedaladas. “Quando você começa a “forçar” seu corpo, ele  libera cortisol, com a função de aumentar sua frequência cardíaca, sua pressão arterial e seus níveis de glicose no sangue”, diz Monika Fleshner, PhD, professor de fisiologia integrativa da Universidade do Colorado em Boulder. A medida que você ganha condicionamento físico, é preciso um treino/pedal mais exigente para acionar esta mesma resposta em seu corpo. “Para as pessoas fisicamente ativas, é preciso uma crise de stress muito maior para desencadear uma resposta hormonal do cortisol, em comparação com pessoas sedentárias”, diz Fleshner.”Assim, agora você pode permanecer em um ambiente estressante e ficar relativamente bem. Você pode suportar muito mais pressão antes de lançar uma resposta hormonal ao estresse.”

Finalmente, qual é a receita de ciclismo para a felicidade? Os autores de um estudo recente que revisou parte relevante da literatura existente sobre a relação entre exercício físico e depressão chegaram as seguintes conclusões para se “afastar a tristeza” através de exercícios aeróbicos:

fazer de três a cinco sessões de exercícios aeróbios por semana. Cada sessão deve ter de 45 a 60 minutos de duração, mantendo sua freqüência cardíaca entre 50 a 85 por cento do seu máximo.

Sabemos que esta é uma recomendação geral, e que não leva em conta características e necessidades individuais.

Mas com esta série pretendemos, ao menos, indicar um princípio simples para o nosso equilíbrio mental e emocional, e que já está quase sempre presente na rotina de quem pedala!

E aí, se animou mais a usar sempre sua magrela?